terça-feira, 17 de fevereiro de 2009


A violeta



(A uma icógnita... )


A ROSA vermelha
Semelha
Beleza de moça vaidosa, indiscreta.
As rosas são virgens
Que em doudas vertigens
Palpitam,
Se agitam
E murcham das salas na febre inquieta.


Mas ai! Quem não sonha num trêmulo anseio
Prendê-las no seio
Saudoso o Poeta.


Camélias fulgentes,
Nitentes,
Bem como o alabastro de estátua quieta...
Primor... sem aroma!


Partida redoma!
Tesouro
Sem ouro!
Que valem sorrisos em boca indiscreta?


Perdida! Não sonha num tremulo anseio
Prender-te no seio
Saudoso o Poeta


Bem longe da festa
Modesta
Prodígios de aroma guardando discreta
Existe da sombra,
Na lânguida alfombra,
Medrosa,
Mimosa,
Dos anjos errantes a flor predileta


Silêncio! Consintam que em trêmulo anseio
Prendendo-a no seio
Suspire o Poeta.


Ó Filha dos ermos
Sem temos!
O casta, suave, serena Violeta
Tu és entre as flores
A flor dos amores
Que em magos
Afagos
Acalma os martírios de uma alma inquieta.


Por isso é que sonha num trêmulo anseio,
Prender-te no seio
Saudoso o Poeta! ...

Um comentário:

  1. Adriana, parabéns pelo seu blogger, por nos obsequiar com um material rico e uma bela história de vida.
    Gostei de ler sobre sua família pois assim passo a conhecer mais de você minha amiga.

    Beijos
    Marta Peres

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